terça-feira, 31 de julho de 2007

Ensinaste-me a morrer...mas eu já sabia.


"Amor diz-me uma coisa bonita, diz-me que me adoras!! Hoje estou apaixonado por ti" (Mar Rio),
naquela noite, naquela noite, naquela noite que eu julgava poder durar uma eternidade. Naquela noite mágica em que acreditei que tinha voltado a ser feliz, e ao meu lado estava o homem que eu queria continuar a esperar sentada na areia pelo seu beijo salgado depois de mais uma surfada, no fulgor dos nossos 70 anos....


Morri, hoje, cravejada de palavras, disparadas por uma boca cruel e um olhar indiferente. E tudo por uma questão de "pinta".


Ou então, sinto-me em processo de cura....


"Um processo de cura é bonito de se ver. Assemelha-se à mudança das estações. As estações nunca mudam para melhor. Simplesmente, seguindo um curso natural, as folhas caem e voltam a crescer, o céu fica mais azul e mais profundo. Do mesmo modo, podemos estar muito mal a ponto de pensar que é o fim do mundo, mas quando esta condição começa a mudar gradualmente, sem que tenha acontecido algo de particularmente bom, sentimos uma força enorme."
(Banana Yoshimoto, in Lua de Mel)


Se a Morte tiver cura, então renasço no Outono, quando a folha cair e a poeira assentar.


Este Blogue continuará a ser dedicado a um Amor estupido e inconsequente, a alguém a quem eu julgava valer a pena manter um Loft, um duplex, um T8 no meu coração.

Será assim até me tornar independente, eu que sou mãe desde os 19 anos, que sei o que é ter responsabilidades, sentimentais, afectivas e materiais.

Continuará a ser dedicado a alguém orgulhosamente inconsequente e que só sabe viver o prazer imediato, e leva o hedonismo ao cumulo do ridiculo.

Sem comentários: