quarta-feira, 18 de julho de 2007

O ano do peixe abissal...


Já são dois os 1ºs dias do resto da minha vida. Vida torta que aparentemente tarda em se endireitar.

" O azar perssegue e esconde-se à espreita. Nunca fiz nada que fosse o correcto, eu nunca fiz nada que batesse certo.

Enquanto esperava no fundo da rua pensava em ti e em que sorte era a tua"

Não tenho a certeza que tenhas tido sorte ao conhecer-me, ao partilhar comigo o intervalo das tuas multiplas vidas.

Ninguém tolera o desequilibrio, o desespero, o despeito, o ciume, a inveja e a solidão. E muito menos tu, pleno de preconceitos e obeso de intolerancia. Omisso e cheio de truques.

Perscrutei, entre tantos sinais, que não iria envelhecer ao teu lado. E deixei-me andar...

Faltava um "danoninho" para a nossa relação ser digna desse nome. Faltou sempre.

Amei-te demasiado em troca de nada, porque o pouco foi nada. Mas aceitei-te. Amei-te. Amo-te.

A minha varinha de cristal conseguia transformar um "adoro-te" num "amo-te loucamente, agora e sempre". Conseguia descobrir amor numa frase do género: "eu esforço-me por te esquecer mas não consigo". E ia pintando de cor-de-rosa, de cor das rosas e do seu perfume, um cenário virtual, escuro, vazio e cheio de omissões e mentiras. E tu a maior de todas.

A mentira sensual, atraente, demolidora, morena, absorvente, louca, divertida, diferente, amável, adorável, sedutora, bem humorada, musculada e cheia de ondas.

Foi nesse mundo tão diferente do meu, que me encontrei, que vivi momentos unicos e inesqueciveis, gestos e palavras que me fizeram chorar de tanto rir.

No entanto, a realidade e a sua inexorabilidade, deixam-me à beira do pior dos mundos. Onde o oxigénio rareia e não há luz no fundo do que quer que seja.

Da raiva e de outros sentimentos, que não são próprios de um amor tão eloquente que ainda me consome e invade até ás células, não vale a pena escrever. Seria um tratado sobre a ingratidão e a dor de corno, e a injustiça, e....

Dizem que as más energias atraem outras ainda piores, dizem os misticos, os que professam o esoterismo, as coisas do espirito, da religião, da filosofia.

A minha energia deve ter sido comprada nessa praga que são as lojas chinesas e 2007 o ano de um qualquer peixe abissal, qual dragão, cão, porco qual quê. Um peixe feérico, nem divino nem hedonista.

Seja em que lingua for, em código morse, em braile, sinais de fumo, preciso de ajuda: S.O.S.

Dr. Pedro Afonso, estou a chegar!!!


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